O
vagalume
Caxias, 10 anos, estava cavando um poço
juntamente com meu pai, que me descia
por uma corda dentro de um balde que ele me puxava e me vigiava dentro do poço. Cavando já vinte metros, quando der repente
minou agua, meu pai perguntou:
- filha você fez xixi ai?
- Não pai, respondi.
- Então suba no balde, disse ele: tentando manter a calma; mas sentir nervosismo em sua voz nao sabia porque, mas,
Atendi prontamente ainda bem que me pai viu porque foi só o tempo de entrar no balde, pois o poço encheu de agua limpinha que podia beber
diretamente dali , meu pai todo feliz pela agua e por ter me
tirado a tempo do poço, que se encheu rapidamente . Na hora do lazer eu adorava soltar pipas jogar bola de gude e quando
escurecia adorava pegar vagalumes, isso
mesmo... pegar vagalumes era minha
brincadeira predileta.
Chamava meus irmãos e ficar lá... Observando...
era divertido, pegava os
bichinhos e soltava, o que eu gostava mesmo e de vê-los pisca na concha da
minha mão so que veio um penetra na
nossa brincadeira , um menino muito ruim, que sem eu esperar pegou o vagalume que estava
na minha mão e esfregou na sua roupa esmagando meu vagalume , suas roupas
ficaram brilhando nunca tinha visto tão coisa, eu detestei pois eu sentia como
se o s vagalumes fossem meus pois estava no meu quintal e ele o matou.
Gritei: chorando seu ASSASSINO,Fiquei aborrecida com ele, queria aparecer-se mais que meu vagalume, pois pra mim...
Ele continuou sendo o menino sem brilho.
Pobre menino sem brilho, pobre vagalume! que Dó Não pude defende-lo do menino mal.
MEU ESCORREGO ERA UM BARRANCO!
Na minha infância, tinha: favela; e o nome dela era Inhaúma, foi lá que conheci o saci; o galo cagoete; e também comi
as melhores galinhas roubadas de domingo; . O saci morava no mangueiral as mangas... uma delicia que por Muitas vezes matou a fome dos moradores da
favela; . E o galo cagoete cagava em todo
lugar e me cagoetou cantando para os quatro cantos da favela
cocorococoooooo...quem cagou aqui ? Foi
la que conheci um menino da minha idade 5 anos.
que hoje paga pena no presidio de Bangu por
trafico de drogas na Cidade de
Deus. Foi ele que me convidou a
escorregar no morro de inhaúma adorei a ideia, sempre gostei de coisas perigosas.
Caramba! Era muito alto! Quando vi a distancia, fiquei com medo.
Tinha fila, era um de cada vez . muita criança escorregando.
Na aquele tempo as brincadeira eram simples mas
muito gostosa brincávamos de Benti o Benti
o Frade , pular carniça, pera, uva, maça, passa anel etc.. Oh! Tempo bom que não volta mais.
Catei um pedaço de papelão sentei e desci a ladeira abaixo huuuuuuuuu!!!
Que delicia! depois
de varias escorregadas o papelão furou e eu ...me ferrei... senti como
se fosse uma ferroada cortei a bunda no
caco de vidro. foi um desespero com as
crianças gritando SANGUE , SANGUE e
outros você cortou a bunda, vai pra casa, tem falar com sua mãe. E fui
eu, cheia de medo, pois sabia que ia apanhar,
quando cheguei em casa as crianças falando tudo ao mesmo tempo
- tia ela cortou a bunda. eu ali
morrendo de vergonha e eles faltando gritar para o mundo inteiro ouvi... só de
fala na dita cuja eu ficava vermelha.
Minha mãe desesperou-se me colocou de bunda pra cima deitada na cama,
e esperar o meu pai chegar pra me levar
pro hospital. eu ali de bunda pra cima
com maior vergonha com os colegas ali a olhar o ferimento em uma de minhas
banda . Uns com a expressão de dor, outros
cochichando... foi horrível fiquei de castigo sem sair de casa por muitos dias. Mais, aprendi que nunca devemos
escorregar a bunda em morro, quer dizer sem a devida proteção, depois
do acidente descobri uns compensados com
formicas que e uma beleza pra escorregar... agente voa!
Escorregar pelo barranco e VIVER
A VIDA.
É natal!
Giuseppe Badollato, chefe dos arquitetos que planejou a Cidade de Deus em 1964, deu o nome de embrião, ou triagens ao pequeno espaço que era provisório. Mas perpetuou-se por mais de 40 anos.
Era véspera
de natal e apenas uma cortina dividia o cômodo que comportava 5 pessoas . Lavo as louças com a sobra de um sabão de roupa
enquanto eu cuido da pequena casa! Preparo
uma arvore de natal com galhos secos e
algodão; penduro bolas coloridas coloco, caixas de falsos presente ao pé da arvore
para enfeita-la.
Minha mãe
chega da faxina que fazia no bairro Araújo e pergunta
- cadê seu
pai?
– ainda não
chegou
-Nossa estou
preocupada desde ontem seu pai não chegou ?
-mãe a
senhora sabe como meu pai é com estes negoço de pescar e caçar
Der repente
um empurrão na porta la estava ele com um cabrito amarrado que o prendeu no pé do sofá. : de
pelos marrom e dois chifrinhos pretos era muito lindo
Dona
angélica ralha com ele por ter demorado tanto no mato.
- Não
acredito que você estava caçando e que dormiu em cima de uma arvore
Incrível meu
pai parecia o indiana Jones contando a sua historia; que viu onça, mulher de
branco etc... pra mim era o melhor de tudo, ate mesmo das suas caças que matava nossa fome ,mais eu não tinha fome só
de comida. Então... adora as historias e perguntava um monte de coisas.
- pai o
senhor achou o cabritinho no mato? Não espero nem responde e digo logo, posso
ficar com ele ? quando vi aqueles olhinhos
e gritando beeee, beeeeeeee. Foi amor a primeira vista.
- pai posso
ficar com ele ? e tao bonitinho prometo cuidar, alimenta-lo e limpar suas
sujeira. Meu pai rindo disse :
- ok! Pode ficar
e olhando pra minha mãe sorriu e disse: deixa ela curtir um pouco o animal.
Dei banho no cabritinho passei
perfume levei pra passear ali perto tinha um sitio ele pastou deu saltinhos de alegria eu também não me contia de alegria
No dia
seguinte eu tinha que ir a escola pois estudava a tarde e minha mãe me
acompanhava pois o lugar era muito perigoso tinha muitos estupradores de vez em
quando aparecia alguma menina morta por eles .
Eu estava muito feliz contei para os colegas da escola que
tinha um cabrito perguntaram já colocou
o nome? eu não tinha nem pensado nisso.
Bom por ser
época de natal resolvi colocar o nome dele de Natal
Terminou as aulas e corro pra casa, procuro por natal
- Natal , Natal.
Cheguei vamos passear entro pela cozinha
e falo pra minha mãe coloquei
o nome do cabritinho de Natal gostou?
- e bonito disse ela. E procuro pelo meu pai quando entro na pequena sala que também
servia de quarto. Tinha uma corda pendurada no caibro do telhado e na ponta dela
la estava sabe quem? exatamente meu Natal o meu cabritinho, nossa meu coração
parou de respirar quer dizer de bater tudo junto. Ele estava morto, pendurado pelas patas e embaixo de sua cabeça
tinha uma bacia que aparava todo o sangue
eu fiquei ali congelada não conseguia dizer um nada experimentando um novo sentimento de fúria e ódio que nascia
dentro de mim. Meu pai estava arrancando
o couro do animal Ate que não suportando mais ver aquela cena que me doía as
entranhas uma dor de dentro pra fora que não saberia explicar eu era muito jovem não tinha experiência com
filhos hoje! eu diria que era uma dor de
parto . saiu da minha garganta um Pai misturado com dor e despreso .
- pai o senhor
teve coragem de matar? como pode? este animal o senhor me deu ! eu estava cuidando dele, onde falhei para o senhor fazer
isto? Porque não me castigou, ele não tem culpa. O senhor arrancou meu coração.
Há como queria correr para um quarto onde pudesse
chorar, sem ninguem ver a minha dor, estava confusa com os novos sentimentos corri para o banheiro.
Depois fui para o reservado que minha mae fazia com uma cortina para separar o
quarto da sala .
Ate que meu
pai veio conversar e disse:
- Minha filha
eu estava brincando quando disse que te dei o animal deixei você brincar com ele . mais eu trouxe
foi para comer-mos hoje no natal.
- Eu não quero respondi com malcriação. Eu não ia
comer o cabritinho iria passar fome se outra coisa não tivesse, e aos prantos
fui dormi pra esquecer a
dor que meu peito dilacerava.
Acordo lembro
que e natal! Lembro do Natal! Lembro!
que esta hora ele esta na panela ou na
mesa, abro a cortina e fico ali
observando a comilança meu pai devorando uma cocha do cabritinho, e meus irmãos parecia que
nunca tinha comido carne. não ganhei presentes,
este foi o meu pior natal ficar ali olhando a família
devorar o meu Natal!!
O BAIACU DO MEU PAI!
Cansada mas sem sono, caminho ate a estante e faço uma brincadeira de criança “salame mingue o escolhido foi... você” para a leitura diária daquela noite foi escolhido João Ubaldo escritor do jornal o globo e morador da ilha de Itaparica. Foi folheando as paginas, que descortinava para o leitor as memorias do seu dia a dia na ilha que me deparei com uma de suas crônicas que me chamou atenção “ os comedores de baiacus” pronto... foi suficiente para despertar em mim lembranças adormecidas pelo gosto amargo do tempo, momentos familiares inesquecíveis e assim reviver no meu interior aquele episodio, fecho os olhos e sinto o cheiro e o som dos peixes estalando na frigideira e é com a boca a salivar que lembro dos baiacus do meu pai e suas pescarias. Meu pai adorava pescar e caçar, hoje estar pescando no céu, lembro bem das pescarias do meu pai, que também aprendi um pouco, filho de peixe peixinho é, as caçadas e outra historia.
Sei jogar tarrafas , linhas com molinetes e sem... o gostoso mesmo e ver a tarrafa se sacudindo e os peixes misturados com siri menos as aguas viva que queima muito. e na linha... os peixes puxando para um lado e para o outro, grito para meu irmão luiz que também adora pescar :
- é GRANDE este e GRANDE está brigando muito! - e quando puxo a linha aquela coisinha que não da nem pra encher buraco do dente que nem diz minha mãe. Desculpe pessoas que estão lendo estas linhas, sai do foco vamos voltar a 35 anos passados não e sobre eu que quero falar e sim sobre o dia que meu pai trouxe um baiacu para casa. Um não, vários.
-Disse ele: gente... Hoje a pescaria foi boa peguei uns baiacus este peixe e feio mais, uma delicia.
-Deixa eu ver pai. Falei toda eufórica pois ia ter comida diferente na mesa, aliás era raro, a família era grande, seis irmãos e só meu pai para sustentar; minha mãe mandava ir catar azedinha no mato para fazer saladas e quando dávamos sorte levava também flor de abobora, que minha mãe fazia refogada com farofa. Ate que ficava bom e matava nossa fome .
Aos domingos íamos na feira que era bem pertinho de casa não era para fazer compras mas para catar xepa, Tinha um senhor de idade cadeirante que também nos ajudava eu empurrava a sua cadeira e ele me dava uns trocados que eu dava pra minha mãe. As vezes eu empurrava sua cadeira da Cidade de Deus ate a praça seca era muito chão... Mas vinha cheia de comida gostosa, fresquinha que as pessoas nos davam as comidas frescas que era colocada nas latas bem tampadas escolhíamos um cantinho fresco embaixo de uma arvore e almoçávamos, eu e aquele que eu chamava de vô. Levávamos pra casa varias sacolas de alimentos quer dizer, ninguém passava fome.. Bem vamos voltar ao assunto peixe rsrsrs
Todos queriam ver os peixes, os baiacus do meu pai , pois nos desconfiávamos que ele comprava para enganar minha mãe, dizendo que iria pescar mas essa e outra historia. O peixe era feio, tinha quatro dentes igual gente e com o corpo coberto de espinhos que ficava todo inchado parecia mais com um sapo; porque eles eriçam para se proteger fazem isso enchendo o estomago de ar e agua; eu e meus irmãos ficamos com nojo de comer apesar que não podíamos dar esse luxo bem... meu pai começou a contar a historia do baiacu, que nao era muito difícil pega-lo mas ele usa as mandíbulas possantes para cortar a linha ,era preciso muito cuidado nos momentos que vão retirar do anzol era sorte pegar baiacu. muito gostoso porem, venenoso pois tem em seu intestinos um saco de veneno e que já que tinha matado um família inteira, seu veneno pode provocar formigamento, ate a queda da pressão sanguínea, perda da força física, comprometimento da fala e da respiração, dor de cabeça e problemas gastrintestinal, nos casos mais graves a toxina (tetrodoxina) age contraindo os músculos e progredindo para a paralisia total a vitima fica imóvel mais consciente de tudo e a morte ocorre devido ao colapso do pulmão e coração é preciso saber limpar.
Caramba foi um alvoroço que só , todos em coro: o senhor e maluco e?!, trazer este negoço pra casa se não podemos comer?
-Calma crianças eu vou limpar sei tirar o veneno. Disse ele
- tem certeza que o senhor sabe limpar? Sabe onde esta o saco venenoso ?
E ficamos ali pra ver ele limpar, meu pai cortou os baiacus em postas e fritou, tinham uma carne branquinha e nenhuma espinha a não ser um ossinho no centro e um cheirinho muito bom mas ninguém queria comer o bicho que era muito feio.
Ficamos com medo , ate que eu tive uma ideia, de meu pai come-lo primeiro e falei:
-pai o senhor come ...e se o senhor não morrer nos comemos. Ele rindo, aceitou
Ficamos ali, observando ele devorar o baiacu com um imenso prazer, depois de 10 min. nos ali esperando e olhando bem pra ele pra ver se não ia mudar de cor, babar, sei lá alguma coisa parecida. Nunca tinha visto ninguém morrer envenenado, de repente , ele começou a gemer dizendo que estava com dor na barriga, com falta de ar e prendia a respiração ficando todo vermelho... gritamos minha mãe que veio correndo, ela percebeu que era brincadeira e mandou que ele parasse de palhaçada pois estava nos assustando. Aí ele começou a rir muito e quase morreu mas foi de rir, e nos caímos pra dentro da travessa de baiacus, gente é uma delicia , nunca comi peixe tão gostoso . Sempre que ele ia pescar corríamos pra ver se tinha baiacus mais como ele mesmo dissera e muito difícil ...
Ai que saudade do meu pai e dos seus baiacus, bicho feio mas gostoso.
So pensando
As vezes penso comigo pra que tanta correria no mundo tanta produção, tecnologia, televisão, celular, computador, forno , microondas , lápis caderno ufaaa... Esqueço ate de mim.
Ah! Como Queria estar agora na floresta comendo frutas frescas: jabuticaba no pe, bananas, coco verde pinhas; carnes frescas : paca, tatu, gambá e ainda tomar banhos de rios, cachoeira como os índios e com os índios eles e que são felizes. sem Compromisso sem responsabilidades com o mundo, de fazê-lo produzir, crescer
Ah! Que delicia correr na mata, subir nas arvores e este ar puro e fresco posso ate me sentir como um ser humano uma parte da natureza neste vasto mundo.
Como e bom sonhar mesmo que sendo impossível. Pois com saudades
Já estou da minha casa de concreto, meu computador, TV, celulares da minha comida fria de marmita e infinitos sanduiches, frutas velhas sem sabor.
Dos amigos que passam correndo atarefados com os compromissos de fazer o mundo crescer, evoluir. Mais que ainda da tempo de acenar e falar oi, Rosalina, tudo bem com você? e as vezes não da tempo nem de responder já passou.
Ah! Como e bom esta aqui agora no meu bairro de Jacarepaguá e contribuir em fazer crescer a Cidade de Deus ufa...
Acordei.
galinha de domingo
Era um dia de sol. Muito calor, daqueles de rachar o coco: como dizia minha mãe D. angélica, Que resolveu reunir a família para almoçar. Foi ela mesmo na granja escolher a galinha: tinha que ser bem gorda e bonita, não podia ter asas ou pernas quebradas nenhuma manchinha de roxo não podia ser alejada tinha que ser perfeita.
Eu pensava comigo: pra que? Se ela ia matar a própria, apalpou sua intimidade com indiferença e disse: e esta.
Coitada, foi escolhida a galinha sentenciada a morrer. Chegando em casa, família reunida, esperando o almoço, dividimos as tarefas, adivinha; quem ia segura a coitada para a morte; adivinhou eu mesmo.
Era a coisa que eu mais odiava na vida, naquela época, porque hoje tem muito mais coisa que odeio. Mais isto e outra historia.
Voltando ao assunto da penada, eu perguntei !
- Qual será o nome dela
-Será que tem filhos?
A bicha era bonita e gorda do jeito que minha mãe gostava, com as penas avermelhadas e marrom; parecia aquelas galinhas de quintal tratada com carinho , comida farta, e ate chamada pelo nome .
D. Angélica colocou água na panela pra ferver, amolou a faca , no chão que era de cimento... Pra La e pra Ca, pra La e pra Ca.
Senti, a lamina gelada passar no meu pescoço, ate parecia que era eu que ia morrer, estava a galinha a me olhar, muda, concentrada, ou será que era eu, parecia pedir clemência, eu com uma vontade de sair correndo pra rua, só pra não ver aqueles olhos suplicando pela vida.mais se eu fizesse isto quem ia pra panela era eu.
Continuando na faca... Pra La e pra Ca, minha mãe grita , Rosalina , segura a galinha direito, ela pega no pescoço e eu seguro pelas asas e voa pena pra todo lado e cacareja a galinha, grita minha mãe, eu grito, não quero fazer isto! Fecho os olhos sinto a faca passar no meu pescoço, quer dizer, no pescoço da galinha que minha mãe primeiro depenou.
Que sentimento horrível , uma vontade de chamar minha mãe de assassina de galinhas: mais me calo
E solto a penada que sai desesperada correndo pra todo lado sem direção, com a cabeça pendurada para traz.
A galinha foi parar no quintal da vizinha ,que não sabia do acontecido e grita sem parar . Afinal, galinha andando sem cabeça e difícil de ver por ai. Certamente pensou que estava vendo assombração, alma penada de outro mundo. Que não deixava se ser verdade, pois a penada estava partindo desta pra melhor, quer dizer pior, porque ela ainda, ia pra panela e foi uma correria só : meu irmão corria atrás da galinha ,minha mãe, a vizinha a família inteira pega... Pega... Pega...pegueiiiiiiii gritou alguém.
E foi a penada pra panela de água fervendo, que depois de bem limpinha: foi temperada, ensopada e comida. Já era uma Galinha de domingo!
No dia seguinte minha mãe acordou, contando o sonho que tivera: que uma pessoa a pegava pelo pescoço depois de quebrá-lo passava a faca, ela fico traumatizada, que nunca mais quis matar galinhas e eu, aliviada, não vou mais segurar galinhas para a morte. Minha mãe, me culpou por causa do episodio. e que não segurei a Galinha direito, porque eu estava com pena. e como diz os antigos ela demora morrer.
Minha conclusão, e que galinha só e bom mesmo e no prato , depois de pronto. E OU NÃO E ?
FIM
A PRAIA
Era dia de reunir a família, comer galinha com macarrão, farofa. Família grande, um “refri. Mendigao”.
Domingo de sol, rio de janeiro, muito calor, alguém teve a brilhante idéia de irmos a praia, foi um tal de pega toalha, chinelos ,bronzeadores , ISOPOR ... E o que mais? Exatamente, a galinha com farofa e foi a turma toda pra praia de “busun “ que lotou , era farofeiros de um lado, patricinhas e playboy de outro : já tínhamos nosso lugar certo: na farofa. farofeiros são aquele que anda com isopor cheio de cerveja , “refri”. Galinha com farofa, que era nosso caso.
Praia da barra da tijuca: lotada , camelos, maconheiros , minha mãe preocupada com a turma avisa:
-Crianças fica no raso não vão pro fundo, eu, tinha treze anos já me sentia uma moça e falei
-Mãe para de me chamar de criança na rua, a senhora me mata de vergonha.
Fui pra água ate no pescoço, chamei atenção do meu pai
Olha pai , olha pai , eu sei nadar: Nadava em direção a praia
Meu pai o sabe tudo disse:
Ah! Não e assim que nada, vou mostrar como se faz, e sai dando lindas braçadas em direção ao mar .eu continuei ali mesmo.
Não demorou dez minutos e lavem um homem carregado por salva vidas que parecia mais um briga do que um salvamento: era socos , pontapés e aranhóis. Quando chegou pertinho de nos quem era? Exatamente meu pai, e todos desesperados corremos e
rodeamos. - ta tudo bem pai? Como o senhor esta? Bebeu muita água?
___ estou bem não foi nada.
Mais o salva vidas disse que ele tinha que ir no posto para atendimento
___eu estou bem só o soco que você me deu que dói um pouco
___ foi preciso, pois o senhor estava muito agressivo.
E com muita coragem disse:
___desculpe estava com medo de morrer.
___o senhor nos aranhou todo
___desculpe-me e muito obrigado.
Eu e meus irmãos, minha mãe ficamos ali sentados na areia, silencio total, chocados, estatuas, como aquelas esculturas na areia, não sabíamos se ria ou se chorava; que foi engraçado foi.
Quebrei o gelo.
__ pai obrigado por o senhor me ensinar a nadar , já sei que ir pra La , pode ser muito perigoso, e eu acho melhor o senhor ficar aqui na areia.
Meu pai ficou fulo da vida, mandou que arrumássemos as coisas pra ir embora
Ah! Minha mãe contestou logo.
__de jeito nenhum, não sem antes de comermos a galinha com farofa que eu fiz com muito carinho E todos se serviram, La se foi, mais uma galinha de domingo.
FIM
Galo Ca goete
Quando era criança morava no morro do engenho da rainha em uma casa simples, feita de estuque( barro com bambus) o banheiro era do lado de fora para varias pessoas que moravam naquele local que ficava uns 50m de distância então quando dava vontade. era uma correria... Quando chegava na porta do banheiro, imagina! uma fila de dois metros. eu pulava igual pipoca esperando minha vez , as vezes chegava pessoas adultas e passava minha frente, dizendo que estava apertada. eu pensava comigo será que eles não vê que eu também , e que vou fazer caca nas calças . e era exatamente o que acontecia, voltava eu pra casa toda suja e o “coro comia” que nem dizia minha mãe.
Um dia eu armei uma estratégia, pensei não vou mais no banheiro sei que não da tempo , avistei um montinho de areia e lembrei como os gatos faziam me aproximei do montinho fiz uma covinha arriei a calcinha e mandei ver. E assim fiz vários dias... ate que a vizinha descobriu que era eu e não o gato que fazia caca na sua porta e fui proibida de usar o cantinho de novo, fiquei preocupada e fui procurar outro lugar pois no banheiro não dava tempo chegar quando um belo dia eu brincando com as amiguinhos na rua eu vi uma enorme caixa de concreto e que fedia igual o banheiro ai perguntei o que era aquilo ? falaram que eram uma caixa de esgoto.
- O que e isto ?
- e o lugar que vai todos os cocos La do banheiro
Há! não pensei duas vezes vai ser ali o meu lugar preferido: já tem coco mesmo ,ninguém vai se importar e com uma vantagem, não te fila e pertinho, assim foi por vários meses, sempre que me dava vontade corria pra La. e ate agora ninguém reclamou.
Mais , um belo dia, estava La, um enorme galo quase do meu tamanho ou era eu que era pequena demais afinal so tinha 4 anos! O galo parecia um sargentão marchando pra La e pra Ca principalmente quando batia as asas. “E o dito cujo” que nem diz minha mãe .sacudiu as asas e cantou
Co-co-ro-co-co-oooooooooo co-co-ro-co-co-oooooooooo
Gente, eu corri muito sentia as pernas bater na minha bunda
Eu entendi direitinho o que ele quis dizer o desgraçado do galo estava me entregando ele gritava bem alto e dizia.
Co-co-ro-co-co-oooooooooo , Quem cagou aquiiiiiiiiiiii ?
Galo Ca goete, fofoqueiro.
Corri pra contar pra minha mãe antes que ele contasse
E minha mãe não se agüentou de tanto rir.
E eu não entendi nada.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
O saci
Quando eu era criança 4 a 5 anos morava no morro engenho da rainha com meu pai minha mãe e meus irmãos.
Lembro bem que os moradores naquela época era bem mais unidos do que hoje, repartiam mais , tinha uns rapazes que ia na floresta pega mangas eles chegavam com as sacolas cheias e era maior festa.
os moradores ficavam aguardando na entrada da favela cada um com suas sacolas na mão as vezes era carne fresquinha que na aquela época eu não sabia de onde vinha (hoje eu sei ).
Eu tinha motivos pra gostar de ficar ali esperando, ainda porque alem de trazer mangas deliciosas eles vinham cheio de novas historias e sentava na porta de casa para ouvi-los.
Era uma vez um saci .... eu adorava , um belo dia meu pai foi com eles minha mãe ficou muito preocupada, que dava medo será que e do saci –(pensei ) eu pensei que seria bom, pois meu pai podia contar historias e ver se tudo que eles falavam era verdade , sempre fui muito curiosa não sei se e bom ou ruim.
Fiquei o dia todo esperando eles chegarem em pé na porta , quando meu pai chegou corri e perguntei :
__ e verdade pai,__ e verdade ?
Meu pai dando uma de esquecido falou
__ O que menina ?
__O saci pai, e verdade que ele existe?
Meu pai sabia que eu esta curiosa sobre o saci e deu asas a minha imaginação, comprovou que era verdade que realmente tinha um saci e muito mais e ainda, disse que tinha trazido pouca manga porque o saci não deixou eles pegarem , mas que da próxima vez ia levar um fumo de rolo pra ele.por que ele gostava de fumar
Ai pronto aguçou minha curiosidade
__como ele e pai? __meu pai disse:
- e um moleque negão que pula de uma perna só, fuma cachimbo, e usa um touca vermelha na cabeça e anda muito rápido mesmo com uma perna só, pronto a minha imagem do saci estava pronta
Afinal eu nunca tinha visto um saci nem em livros, eu ainda não estudava .
Um belo dia estava minha mãe e uma vizinha a conversar na porta de casa quando der repente vi os meninos que trazia manga correndo muito e com paus na mão , com medo agarrei na s pernas de minha mãe e fiquei ali quietinha nem a voz saia .
Minha mãe sem entender nada pergunta:
__ o que foi? __ e logo diz, e apenas os rapazes ,que estavam correndo para pegar ... não esperei nem acabar de falar porque logo vi o saci moleque, negão com touca na cabeça não deu tempo nem de reparar a cor e fumando não sei o que? Corri pra dentro de casa e minha mãe veio falar comigo - e eu disse que tinha visto o saci pe-re-re e não queria mais ir pra rua achava que o saci estava cobrando as mangas que eram dele , e que também comi pois ele era o dono da floresta, ela adorou né ?! e manteve minha imaginação por muito tempo só assim eu não ia pra rua.
Eu por anos acreditei que saci existia e quando conheci ele pelos livros vi que era igualzinho o saci que eu formava na mente, porque eu tinha certeza absoluta que tinha visto, já era casada e com filhas, ainda creditava em saci falei pra minha filhas que tinha visto saci, elas morreram de rir, porque sabiam que era folclore eu teimava e dizia que saci existia na floresta.
ate que um belo dia eu conversando com minha mãe, ela teve a coragem de concertar sua mentira e disse que eu tinha visto o nosso visinho fumando cachimbo e por acaso ele não tinha um perna e que também estava correndo atrás da vaca que eles iam matar para distribuir na favela eu não sabia se ria ou chorava da trapalhada que fiz, me lembrei de todas as pessoa que discutir dizendo que saci existia e fiquei imaginando como elas devem ter rido de mim e pensado que eu era louca..
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
fim
O DESEJO DE UMA MASCARA
texto
texto
Esta máscara é de uma pessoa que conheci no passado. O nome dela é rosa. Ela tem essa aparência bonita, cheia de brilho ma será que essa aparência é de verdade? Por isso, tem esses pontos de interrogação. Sera? É tudo falso. Nota que tem uma gota de lágrimas em seu rosto. No íntimo só vive a chorar. Cheia de ilusão. Coitada...vive a procura de tudo que traz Desespero e morte: as drogas. O que são as drogas. É o sinal mais claro da destruição humana. E digo que este estado é sutil. Ele chega devagarinho, é só um copinho, é so um tapinha, é só uma cheiradinha. Vaiii...é só um traguinho. E tudo através de amigos. Festas...e de lugares que são pontes de diversão. E com isso, bebedeiras, brigas, um verdadeiro farrapo humano. Era assim q rosa vivia. Nos bailes da vida era chamada de cachorra, as preparadas, mas hoje é chamada de princesa. Qta diferença. Mas sabe pq? Pq ela pediu a Deus para se libertar...mesmo drogada, clamava ao senhor. Deus se tu existe mesmo está vendo meu estado deprorável, que as vezes da vontade de acabar com a própria vida. (rosa colocava sua face no chão e chorava).qto da minha juventude joguei fora. Sem nada pra resgatar e nem aproveitar. Se o senhor voltar agora e me encontrar nesse estado o q vai ser de mim? Vai virar a tua face? Se é pra continuar assim retire então de mim o teu espírito (chora...)Mas pode um morto te adorar? Deus. Tu tens todo o domínio, se me amas me da um pouco desse domínio, por isso eu lhe peço senhor, quero ser livre pra te adorar quero abrir minha boca e cantar, salva-me da morte, dois laços de morte q estão me apertando. E dos horrores da sepultura q toma conta de mim, E dos Altos Céus o senhor me ouviu. Ele me ouviu, sim. Ele me ouviu. O senhor me ama. Obrigado, não tenho mais medo. Não vou morrer pelo contrario, ´ eu vou viver, e contar pra todo mundo o que o senhor fez. Olhe pra mim eu estou viva! Viva! Viva! e salva...