CONTOS



                                      O vagalume

Caxias, 10 anos,  estava cavando um poço juntamente com meu pai,  que  me descia  por uma corda dentro de um  balde que ele me puxava e me vigiava dentro do poço. Cavando já vinte metros, quando der repente  minou agua,  meu pai perguntou:
- filha você fez xixi ai?
 - Não pai, respondi.
- Então suba no balde, disse ele: tentando manter a calma;  mas sentir nervosismo em sua voz nao sabia porque, mas,
Atendi prontamente  ainda bem que me pai  viu porque foi só o tempo de entrar  no balde,  pois o poço  encheu de agua limpinha que podia beber diretamente dali , meu pai todo feliz pela agua e por  ter  me tirado a tempo do poço, que se encheu rapidamente .    Na hora do lazer eu adorava  soltar pipas jogar bola de gude e quando escurecia adorava pegar vagalumes,  isso mesmo...   pegar vagalumes era minha brincadeira predileta.
Chamava meus irmãos e ficar lá...  Observando...  era  divertido, pegava os bichinhos e soltava, o que eu gostava mesmo e de vê-los pisca na concha da minha mão  so que veio um penetra na nossa brincadeira , um menino muito ruim,  que sem eu esperar pegou o vagalume que estava na minha mão e esfregou na sua roupa esmagando meu vagalume , suas roupas ficaram brilhando nunca tinha visto tão coisa, eu detestei pois eu sentia como se o s vagalumes fossem meus pois estava no meu quintal e ele o matou. Gritei:  chorando seu ASSASSINO,Fiquei aborrecida com ele,   queria   aparecer-se  mais que meu vagalume, pois pra mim... Ele continuou sendo o menino sem brilho.
Pobre menino sem brilho, pobre vagalume!  que Dó  Não pude  defende-lo do menino mal.





MEU ESCORREGO ERA UM BARRANCO!



                    Na minha infância, tinha: favela; e o nome dela era Inhaúma,  foi lá que conheci o saci; o galo cagoete;  e também comi  as melhores  galinhas  roubadas de domingo;  . O saci morava no mangueiral as  mangas... uma delicia que por  Muitas vezes matou a fome dos moradores da favela; . E o galo cagoete  cagava em todo lugar e  me cagoetou  cantando para os quatro cantos da favela cocorococoooooo...quem cagou aqui ?  Foi la que conheci um menino da minha idade 5 anos.  que hoje paga pena no presidio de Bangu  por  trafico  de drogas na Cidade de Deus. Foi ele que me convidou  a escorregar no morro  de inhaúma  adorei a ideia,  sempre gostei de coisas perigosas.
 Caramba!  Era muito alto!  Quando vi a distancia, fiquei com medo. Tinha  fila, era  um de cada vez . muita criança escorregando.
 Na aquele tempo as brincadeira eram simples mas muito gostosa brincávamos de Benti o Benti  o Frade , pular carniça, pera, uva, maça,  passa anel etc.. Oh!  Tempo bom que não volta mais.
              Catei um pedaço de papelão sentei  e desci a ladeira abaixo huuuuuuuuu!!!
 Que delicia!  depois  de varias escorregadas o papelão furou e eu ...me ferrei... senti como se fosse uma ferroada  cortei a bunda no caco de vidro. foi um desespero com  as crianças gritando SANGUE , SANGUE   e outros  você cortou a bunda,  vai pra casa, tem falar com sua mãe. E fui eu, cheia de medo, pois sabia que ia apanhar,  quando cheguei em casa as crianças falando tudo ao mesmo tempo
- tia ela cortou a bunda. eu ali morrendo de vergonha e eles faltando gritar para o mundo inteiro ouvi...   só de fala na dita cuja eu ficava vermelha.
Minha mãe desesperou-se  me colocou de bunda pra cima deitada na cama, e esperar  o meu pai chegar  pra  me levar pro hospital.  eu ali de bunda pra cima com maior vergonha com os colegas ali a olhar o ferimento em uma de minhas banda . Uns com a expressão  de dor, outros cochichando...  foi horrível fiquei  de castigo sem sair de casa por muitos dias.  Mais, aprendi que nunca devemos escorregar  a bunda  em morro, quer dizer sem a devida proteção, depois do acidente descobri uns compensados  com formicas  que e uma beleza pra escorregar...  agente voa!  
Escorregar pelo barranco e VIVER A VIDA.




É natal!



Giuseppe Badollato, chefe dos arquitetos que planejou a Cidade de Deus em 1964, deu o nome de embrião, ou triagens  ao pequeno espaço que era provisório. Mas perpetuou-se por mais de 40 anos.

Era véspera de natal e apenas uma cortina dividia o cômodo que comportava 5 pessoas . Lavo  as louças com a sobra de um sabão de roupa enquanto eu cuido da pequena casa!  Preparo  uma arvore de natal com galhos secos e algodão; penduro bolas coloridas   coloco,  caixas de falsos presente ao pé da arvore para enfeita-la.

Minha mãe chega da faxina que fazia no bairro Araújo e pergunta

- cadê seu pai?

– ainda não chegou
-Nossa estou preocupada desde ontem seu pai não chegou ?
-mãe a senhora sabe como meu pai é com estes negoço de pescar e caçar
Der repente um empurrão na porta la estava ele com um cabrito amarrado  que o prendeu no pé do sofá. :  de pelos marrom e dois chifrinhos pretos era muito lindo
Dona angélica ralha com ele por ter demorado tanto no mato.
- Não acredito que você estava caçando e que dormiu em cima de uma arvore
Incrível meu pai parecia o indiana Jones contando a sua historia; que viu onça, mulher de branco etc... pra mim era o melhor de tudo, ate mesmo das suas caças  que matava nossa fome ,mais eu não tinha fome só de comida. Então... adora as historias e perguntava um monte de coisas.
- pai o senhor achou o cabritinho no mato? Não espero nem responde e digo logo, posso ficar com ele ? quando vi  aqueles olhinhos e gritando beeee, beeeeeeee. Foi amor a primeira vista. 
- pai posso ficar com ele ? e tao bonitinho prometo cuidar, alimenta-lo e limpar suas sujeira.  Meu  pai rindo disse :
- ok!  Pode ficar  e olhando pra minha mãe sorriu e disse: deixa ela curtir um pouco o animal.
          Dei banho no cabritinho passei perfume levei pra passear ali perto tinha um sitio  ele pastou deu saltinhos de alegria  eu também não me  contia de alegria
No dia seguinte eu tinha que ir a escola pois estudava a tarde e minha mãe me acompanhava pois o lugar era muito perigoso tinha muitos estupradores de vez em quando aparecia alguma menina morta por eles .
Eu estava muito feliz contei para os colegas da escola que tinha um cabrito perguntaram  já colocou o nome? eu não tinha nem pensado nisso.
Bom por ser época de natal resolvi colocar o nome dele de Natal
Terminou  as aulas e corro pra casa,  procuro  por natal
 -  Natal , Natal.  Cheguei vamos passear  entro pela cozinha e falo pra minha mãe                       coloquei  o nome do cabritinho de Natal gostou?
 - e bonito disse ela.  E procuro pelo meu pai  quando entro na pequena sala que também servia de quarto. Tinha uma corda pendurada no caibro do telhado e na ponta dela la estava sabe quem? exatamente meu Natal o meu cabritinho, nossa meu coração parou de respirar quer dizer de bater tudo junto. Ele estava morto,  pendurado pelas patas e embaixo de sua cabeça tinha uma bacia que aparava todo o sangue  eu fiquei ali congelada não conseguia dizer um nada  experimentando  um novo sentimento de fúria e ódio que nascia dentro de mim.  Meu pai estava arrancando o couro do animal Ate que não suportando mais ver aquela cena que me doía as entranhas uma dor de dentro pra fora que não saberia explicar  eu era muito jovem não tinha experiência com filhos hoje!  eu diria que era uma dor de parto .  saiu da minha garganta um Pai  misturado com dor e despreso .
-   pai o senhor teve coragem de matar? como pode? este animal o senhor me deu ! eu estava  cuidando dele, onde falhei para o senhor fazer isto? Porque não me castigou, ele não tem  culpa. O senhor arrancou meu coração.
 Há como queria correr para um quarto onde pudesse chorar, sem ninguem ver a minha dor, estava confusa  com os novos sentimentos corri para o banheiro. Depois fui para o reservado que minha mae fazia com uma cortina para separar o quarto da sala .
Ate que meu pai veio  conversar e disse:
- Minha filha eu estava brincando quando disse que te dei o animal  deixei você brincar com ele . mais eu trouxe foi  para comer-mos hoje no natal.
-  Eu não quero respondi com malcriação.  Eu  não ia comer o cabritinho iria passar fome se outra coisa não tivesse, e aos prantos fui dormi pra esquecer a dor que meu peito  dilacerava.
 Acordo  lembro que e natal!  Lembro do Natal!   Lembro!  que esta hora ele esta na panela ou na mesa,  abro a cortina e fico ali observando a comilança meu pai   devorando uma  cocha do cabritinho, e meus irmãos parecia que nunca tinha comido carne.  não ganhei presentes, este  foi o meu pior natal ficar ali olhando a família devorar o meu Natal!!
  

                                 

  O BAIACU DO MEU PAI!
           
           Cansada mas  sem sono, caminho ate a estante e faço uma brincadeira de criança “salame mingue o escolhido foi... você” para a leitura diária daquela noite  foi escolhido João Ubaldo  escritor do jornal o globo e morador da ilha de Itaparica. Foi folheando as paginas, que descortinava para o leitor as memorias do seu dia a dia na ilha que me deparei com uma de suas crônicas que me chamou atenção “ os comedores de baiacus” pronto... foi suficiente para despertar em mim lembranças adormecidas pelo gosto amargo do tempo, momentos familiares inesquecíveis e assim reviver no meu interior aquele episodio, fecho os olhos e sinto o cheiro e o som dos peixes estalando na frigideira e é com a boca a salivar que lembro dos baiacus do meu pai e suas pescarias. Meu pai  adorava  pescar  e caçar, hoje  estar pescando no céu,  lembro bem das pescarias do meu pai, que também aprendi um pouco, filho de peixe peixinho é, as caçadas e outra historia.
Sei jogar  tarrafas , linhas  com molinetes e sem...  o gostoso mesmo e ver a tarrafa se sacudindo e os peixes misturados com siri menos as aguas viva que queima muito. e na linha... os peixes puxando para um lado e para o outro,  grito para meu irmão luiz que também adora pescar :
- é GRANDE este e  GRANDE  está  brigando muito! -  e quando puxo a linha aquela coisinha que não da nem pra encher buraco do dente que nem diz minha mãe. Desculpe pessoas que estão lendo  estas linhas, sai do foco vamos voltar a 35 anos passados  não e sobre eu  que quero falar e sim sobre  o dia que meu pai trouxe um baiacu para casa. Um não,  vários.
 -Disse ele: gente...  Hoje  a pescaria foi boa  peguei uns baiacus este peixe e  feio mais, uma delicia. 
 -Deixa  eu ver pai. Falei toda eufórica  pois ia ter comida diferente na mesa, aliás era raro, a família era grande, seis irmãos e só meu pai para sustentar; minha mãe mandava  ir catar  azedinha no mato para fazer saladas e quando dávamos  sorte levava também flor de abobora, que minha mãe fazia refogada com farofa. Ate que ficava bom e matava nossa fome .
Aos domingos íamos na feira  que era bem pertinho de casa não era  para fazer compras mas para catar xepa, Tinha um senhor de idade cadeirante que também nos ajudava eu empurrava a sua cadeira  e ele me dava uns trocados que eu dava pra minha mãe. As  vezes eu empurrava sua cadeira da Cidade de Deus ate a praça seca era muito chão... Mas vinha cheia de comida gostosa, fresquinha que as pessoas nos davam as comidas frescas que era colocada nas  latas  bem tampadas escolhíamos um cantinho fresco embaixo de uma arvore  e almoçávamos, eu e aquele que eu chamava de vô. Levávamos pra casa  varias sacolas de alimentos quer dizer, ninguém passava fome.. Bem vamos voltar ao assunto peixe rsrsrs
 Todos queriam ver os peixes, os  baiacus do meu pai , pois nos desconfiávamos que ele comprava  para enganar minha mãe, dizendo que iria pescar  mas   essa e outra historia. O peixe era feio, tinha quatro dentes igual gente e com o corpo coberto de espinhos que ficava todo inchado parecia mais com um sapo;  porque  eles eriçam para se proteger fazem isso enchendo o estomago de ar e agua; eu e  meus irmãos ficamos com nojo de comer apesar  que não podíamos dar esse luxo   bem... meu pai começou a contar a historia do baiacu, que nao era muito difícil pega-lo mas  ele  usa as mandíbulas possantes  para cortar a linha  ,era preciso muito cuidado nos momentos que vão  retirar do anzol  era sorte pegar baiacu.   muito gostoso porem, venenoso pois tem  em seu intestinos um saco  de veneno  e que já que tinha matado um família inteira, seu veneno pode provocar formigamento, ate a queda da pressão sanguínea, perda da força física, comprometimento da fala e da respiração, dor de cabeça e problemas gastrintestinal,  nos casos mais graves a toxina  (tetrodoxina)  age contraindo os músculos e progredindo para a paralisia total a vitima fica imóvel mais consciente de tudo e a morte ocorre devido ao colapso do pulmão e coração é  preciso saber limpar.
Caramba  foi um  alvoroço que só , todos em coro:  o senhor e maluco e?!, trazer este negoço pra casa se não podemos comer?
 -Calma  crianças eu vou limpar sei  tirar o veneno. Disse ele
- tem certeza que o senhor sabe limpar?  Sabe  onde esta o saco venenoso ?
E ficamos ali pra ver  ele limpar, meu pai cortou os baiacus em postas e fritou,  tinham uma carne branquinha e nenhuma espinha a não ser um ossinho no centro e um cheirinho muito bom mas  ninguém queria comer o bicho que era  muito feio.
Ficamos com medo ,  ate que eu tive uma  ideia,   de meu pai come-lo primeiro e  falei:
-pai o senhor come ...e se o senhor não morrer nos comemos. Ele  rindo, aceitou
Ficamos ali,  observando  ele devorar o baiacu com um imenso prazer,  depois de 10 min. nos ali esperando e olhando bem pra ele pra ver se não ia mudar de cor, babar, sei lá alguma coisa parecida. Nunca tinha visto ninguém morrer envenenado, de repente  , ele começou a gemer dizendo que estava com dor na barriga, com falta de ar e prendia a respiração ficando todo  vermelho... gritamos minha mãe que veio correndo, ela percebeu que era brincadeira e mandou que ele parasse de palhaçada  pois estava nos assustando.  Aí ele começou a rir muito e quase morreu  mas foi de rir, e nos caímos pra dentro da travessa  de baiacus, gente é uma delicia , nunca comi peixe tão gostoso . Sempre que ele ia pescar corríamos pra ver se tinha baiacus mais como ele mesmo dissera e muito difícil ...
Ai que saudade do meu pai e dos  seus baiacus, bicho feio mas gostoso.





So pensando


                               As vezes penso comigo pra que tanta correria no mundo tanta produção,  tecnologia, televisão, celular, computador, forno , microondas , lápis  caderno ufaaa... Esqueço ate de mim.

          Ah!  Como Queria estar agora na  floresta comendo  frutas frescas: jabuticaba no pe,  bananas,  coco verde  pinhas;  carnes  frescas : paca, tatu, gambá  e ainda tomar banhos de rios,   cachoeira como os índios e com os índios eles e que são felizes.   sem Compromisso sem responsabilidades com o mundo, de fazê-lo produzir, crescer
          Ah! Que delicia correr na mata, subir nas arvores e este ar puro e fresco  posso ate  me sentir como um ser humano uma parte da natureza neste vasto mundo.
Como e bom sonhar mesmo que sendo impossível. Pois com saudades
Já estou da minha casa de concreto, meu computador, TV, celulares da minha comida fria de marmita e infinitos sanduiches, frutas velhas sem sabor. 
  Dos amigos que passam correndo atarefados  com os compromissos de fazer o mundo crescer, evoluir. Mais que ainda da  tempo de acenar e falar oi, Rosalina,  tudo bem com você?  e as vezes não da tempo nem de responder já passou.
           Ah! Como e bom  esta aqui agora no meu bairro  de Jacarepaguá e contribuir  em fazer  crescer a Cidade de Deus  ufa...
Acordei.



                                       galinha de domingo
 Era um dia de sol.  Muito calor, daqueles de rachar o  coco:  como dizia minha mãe D. angélica, Que resolveu  reunir a família para almoçar. Foi ela  mesmo na granja escolher a galinha: tinha que ser bem gorda e bonita, não podia ter asas ou pernas  quebradas nenhuma manchinha de roxo não podia ser  alejada  tinha que ser perfeita.
                 Eu pensava comigo: pra que? Se ela ia matar a própria, apalpou sua intimidade com indiferença e disse: e esta.  
                Coitada,  foi escolhida a galinha sentenciada a morrer. Chegando  em  casa, família reunida, esperando o almoço, dividimos as tarefas, adivinha; quem ia segura a coitada  para a morte; adivinhou eu mesmo.
               Era a coisa que eu mais odiava na vida, naquela época, porque hoje tem muito  mais coisa que odeio.  Mais  isto e outra historia.
              Voltando ao assunto da penada,  eu perguntei !
- Qual será o nome dela
 -Será que tem filhos? 
A  bicha era bonita e gorda  do jeito que minha mãe gostava, com as penas avermelhadas  e  marrom; parecia aquelas galinhas de quintal tratada  com carinho ,  comida farta,  e ate chamada pelo nome .
              D. Angélica  colocou água na panela pra ferver, amolou a faca , no chão que era de cimento...  Pra  La e pra Ca, pra La e pra Ca.
              Senti,  a lamina gelada  passar  no meu  pescoço, ate  parecia que era eu que ia morrer, estava a galinha a me olhar, muda, concentrada,  ou será que  era eu, parecia pedir  clemência,  eu com uma vontade de sair  correndo pra rua, só pra não ver aqueles olhos suplicando pela vida.mais se eu fizesse isto quem ia pra panela era  eu.
             Continuando na faca...  Pra La e pra Ca,  minha mãe grita , Rosalina ,  segura a galinha direito, ela pega no pescoço e eu seguro pelas asas e voa pena pra todo lado e cacareja a galinha,  grita minha mãe,  eu grito, não quero fazer isto! Fecho os olhos sinto a faca passar no meu pescoço, quer dizer,  no pescoço da galinha  que minha mãe primeiro depenou.
            Que sentimento horrível  , uma vontade de  chamar minha mãe de assassina de galinhas:  mais me calo
E solto a penada que sai desesperada  correndo pra todo lado sem direção, com a cabeça pendurada para traz.
           A galinha foi parar  no quintal da vizinha ,que não sabia do acontecido e grita sem parar . Afinal,  galinha andando sem cabeça e difícil de ver por ai.  Certamente pensou  que estava vendo assombração,  alma penada de outro mundo. Que não deixava se ser verdade, pois  a penada estava  partindo desta pra melhor, quer dizer pior, porque ela ainda, ia pra panela e foi uma correria só : meu irmão corria atrás da galinha ,minha mãe, a vizinha a família  inteira  pega... Pega... Pega...pegueiiiiiiii  gritou alguém.
           E foi a penada pra panela de água fervendo, que depois de bem limpinha: foi temperada,  ensopada  e comida.  Já era uma Galinha de domingo!
          No dia seguinte minha mãe acordou, contando o sonho que tivera: que uma pessoa  a  pegava pelo pescoço depois de quebrá-lo  passava a faca,  ela fico  traumatizada,  que nunca mais quis  matar  galinhas  e eu,  aliviada, não vou mais segurar galinhas para a  morte.  Minha mãe, me  culpou por causa do episodio. e que não segurei a Galinha direito, porque eu estava com pena.  e como diz os antigos ela demora morrer.
          Minha conclusão, e que galinha só e bom mesmo e  no prato , depois de pronto. E OU NÃO E ?
                                                                   FIM
                                                   



   A PRAIA
            
    Era dia de reunir a família, comer galinha com macarrão, farofa.  Família  grande,  um “refri. Mendigao”.
  Domingo de sol, rio de janeiro,  muito calor,  alguém teve a brilhante  idéia de irmos a praia,  foi um tal de  pega toalha, chinelos ,bronzeadores , ISOPOR ... E   o que mais?  Exatamente,   a galinha com farofa  e foi a turma toda pra praia de “busun “ que lotou ,   era  farofeiros de um lado,  patricinhas e  playboy  de outro : já tínhamos nosso lugar certo: na farofa. farofeiros são aquele que anda com isopor cheio de cerveja , “refri”.  Galinha  com farofa, que era nosso caso.
               Praia  da barra da tijuca: lotada , camelos,  maconheiros ,  minha mãe preocupada com a turma avisa:
-Crianças  fica no raso não vão pro fundo,  eu, tinha treze anos já me sentia uma moça e falei
 -Mãe para de me chamar de criança na rua, a senhora me mata de vergonha.
Fui pra água ate no pescoço, chamei atenção do meu pai
Olha  pai ,  olha pai , eu sei nadar: Nadava em direção a praia
                 Meu pai o sabe tudo disse:
Ah! Não e assim que nada, vou mostrar como se faz,  e   sai dando lindas braçadas em direção ao mar .eu continuei ali mesmo.
              Não demorou dez minutos e lavem um homem carregado por  salva vidas que parecia mais um briga do que um salvamento: era socos , pontapés e aranhóis.  Quando chegou pertinho de nos quem era?  Exatamente meu pai, e todos desesperados corremos e
rodeamos.  - ta tudo bem pai?   Como o senhor esta?  Bebeu muita água?
     ___ estou bem não foi nada.
 Mais o salva vidas disse que ele tinha que ir no  posto para atendimento
­     ___eu estou bem só o soco que você me deu que dói um pouco 
    ___ foi preciso, pois o senhor   estava muito agressivo.
   E com muita coragem disse:
___desculpe estava com medo de morrer.
   ___o senhor nos aranhou todo
   ___desculpe-me  e muito obrigado.
               Eu e meus irmãos, minha mãe ficamos ali sentados na areia, silencio total, chocados, estatuas, como aquelas esculturas na areia, não sabíamos se  ria  ou  se chorava; que foi engraçado foi.
 Quebrei  o gelo.
    __ pai obrigado por o senhor me ensinar  a nadar , já sei que ir pra La , pode ser muito perigoso, e  eu  acho melhor o senhor ficar aqui na areia.
Meu pai ficou fulo da vida, mandou que arrumássemos as coisas pra ir embora
Ah! Minha mãe contestou logo.
 __de jeito nenhum, não sem antes de comermos a galinha com farofa que eu fiz com muito carinho E todos se serviram, La se foi,  mais uma galinha de domingo.

                                                                                       FIM
  
                            
                                                     Galo  Ca goete

Quando era criança morava no morro do engenho da rainha em uma casa simples, feita de  estuque( barro com bambus) o banheiro era do lado de fora para varias pessoas que moravam naquele local que ficava uns 50m de distância então quando dava vontade. era uma correria... Quando chegava na porta do banheiro, imagina! uma fila de dois metros.  eu pulava igual pipoca esperando minha vez , as vezes chegava pessoas adultas e passava minha frente, dizendo que estava apertada. eu pensava comigo será que eles não vê que eu também , e que vou fazer caca nas calças .  e era exatamente o que acontecia, voltava eu pra casa toda suja e o “coro comia” que nem dizia minha mãe.
              Um dia eu armei uma estratégia, pensei  não vou mais no banheiro sei que não da tempo , avistei um montinho de areia  e lembrei como os gatos faziam me aproximei do montinho fiz uma covinha arriei a calcinha e mandei ver. E assim fiz vários dias... ate que a vizinha descobriu  que era eu  e não o gato  que fazia caca na sua porta e  fui proibida de usar o cantinho de novo, fiquei preocupada e fui procurar outro lugar pois no banheiro não dava tempo chegar  quando um belo dia eu brincando com as amiguinhos na rua  eu vi uma enorme caixa de concreto  e que fedia igual o banheiro ai perguntei o que era aquilo ?  falaram que eram uma caixa de esgoto.
-  O que e isto ?
- e o lugar que vai todos os cocos La do banheiro
Há! não pensei duas vezes vai ser ali o meu lugar preferido: já tem coco mesmo ,ninguém vai se importar  e com uma vantagem, não te fila  e pertinho, assim foi por vários meses, sempre que me dava vontade corria pra La. e ate agora ninguém reclamou.
Mais , um belo dia,  estava  La,  um enorme galo quase do meu tamanho ou era eu que era pequena demais  afinal so tinha 4 anos! O galo  parecia um sargentão marchando  pra La e pra Ca  principalmente quando batia as asas. “E o dito cujo” que nem diz minha mãe .sacudiu as asas e cantou
Co-co-ro-co-co-oooooooooo    co-co-ro-co-co-oooooooooo
Gente,  eu corri muito sentia as pernas bater na minha bunda
Eu entendi direitinho o que ele quis dizer o desgraçado do galo estava me entregando ele gritava  bem alto e dizia.
     Co-co-ro-co-co-oooooooooo , Quem cagou  aquiiiiiiiiiiii ?
Galo Ca goete, fofoqueiro.
Corri pra contar pra minha mãe antes que ele contasse
E minha mãe não se agüentou de tanto rir.
E eu não entendi nada.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.



                                                     O saci
              Quando eu era criança 4 a 5 anos morava no morro engenho da rainha com meu pai minha mãe e meus irmãos.
              Lembro  bem que os moradores  naquela época era bem mais unidos do que hoje, repartiam mais , tinha uns rapazes que ia na floresta  pega mangas  eles chegavam com as sacolas cheias e era maior festa.
              os moradores ficavam  aguardando na entrada da favela cada um com suas sacolas na mão as vezes era carne fresquinha que na  aquela época eu não sabia de onde vinha (hoje eu sei ).
           Eu tinha motivos pra gostar  de ficar ali esperando, ainda porque alem de trazer mangas deliciosas  eles vinham  cheio de novas historias e sentava na porta de casa para ouvi-los.
          Era uma vez  um saci .... eu adorava , um belo dia meu pai foi com eles minha mãe ficou muito preocupada, que dava medo  será que e do saci –(pensei ) eu pensei que seria bom, pois meu pai podia contar historias e ver se tudo que eles falavam era verdade , sempre fui muito curiosa não sei se e bom ou ruim.
         Fiquei o dia todo esperando eles chegarem em pé na porta , quando meu pai chegou  corri e perguntei :
__ e verdade pai,__ e verdade ?
Meu  pai dando  uma de esquecido falou
__ O que menina ?
__O saci pai, e verdade que ele existe?
       Meu pai sabia que eu esta curiosa sobre o saci e deu asas a minha imaginação, comprovou que era verdade que realmente tinha um saci  e muito mais e ainda, disse que tinha trazido pouca manga porque o saci não deixou eles pegarem , mas que da próxima vez ia levar um fumo de rolo pra ele.por que ele gostava de fumar
Ai pronto aguçou minha curiosidade
__como ele e pai?  __meu pai disse:
-  e um moleque negão que pula de uma perna só, fuma cachimbo, e usa um touca vermelha na cabeça  e anda muito rápido  mesmo com uma perna só, pronto a minha imagem do saci estava pronta
Afinal eu nunca tinha visto um saci nem em livros, eu ainda não estudava .
Um belo dia estava  minha mãe e uma vizinha a conversar na porta de casa quando der repente vi os meninos que trazia manga correndo muito e com paus na mão , com medo agarrei na s pernas de minha mãe e fiquei ali quietinha nem a voz saia .

Minha mãe sem entender  nada pergunta:
__ o que foi? __ e  logo diz,   e apenas os rapazes ,que  estavam correndo para pegar ...    não  esperei nem acabar de falar porque logo vi o saci moleque, negão  com touca  na cabeça não deu tempo nem de reparar a cor e fumando não sei o que?  Corri pra dentro de casa e minha mãe veio falar comigo - e eu disse que tinha visto o saci pe-re-re  e não queria mais ir pra rua achava que o saci estava cobrando as mangas que eram dele , e que também comi   pois ele era o dono da floresta, ela adorou  né ?! e manteve minha imaginação por muito tempo só assim eu não ia pra rua.
             Eu   por anos acreditei que saci existia e quando conheci ele pelos livros vi que era igualzinho  o saci que eu formava na mente, porque eu tinha certeza  absoluta que tinha visto, já era casada e com filhas, ainda creditava em  saci  falei pra minha filhas que tinha visto saci, elas morreram de rir, porque sabiam que era folclore  eu teimava e dizia que saci existia na floresta.
              ate que um belo dia eu conversando com minha mãe, ela teve a coragem de concertar  sua mentira e disse que eu tinha visto o nosso visinho fumando cachimbo e por acaso ele não tinha um perna e que também estava  correndo atrás da vaca que eles iam matar para distribuir na favela  eu não sabia se ria ou chorava da trapalhada que fiz, me lembrei de todas as pessoa que discutir dizendo que saci existia e fiquei imaginando como elas devem ter rido de mim  e pensado que eu era louca..
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk             
                          fim

   O DESEJO DE UMA MASCARA
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Esta máscara é de uma pessoa que conheci no passado. O nome dela é rosa. Ela tem essa aparência bonita, cheia de brilho ma será que essa aparência é de verdade? Por isso, tem esses pontos de interrogação. Sera? É tudo falso. Nota que tem uma gota de lágrimas em seu rosto. No íntimo só vive a chorar. Cheia de ilusão. Coitada...vive a procura de tudo que traz Desespero e morte: as drogas. O que são as drogas. É o sinal mais claro da destruição humana. E digo que este estado é sutil. Ele chega devagarinho, é só um copinho, é so um tapinha, é só uma cheiradinha. Vaiii...é só um traguinho. E tudo através de amigos. Festas...e de lugares que são pontes de diversão. E com isso, bebedeiras, brigas, um verdadeiro farrapo humano. Era assim q rosa vivia. Nos bailes da vida era chamada de cachorra, as preparadas, mas hoje é chamada de princesa. Qta diferença. Mas sabe pq? Pq ela pediu a Deus para se libertar...mesmo drogada, clamava ao senhor. Deus se tu existe mesmo está vendo meu estado deprorável, que as vezes da vontade de acabar com a própria vida. (rosa colocava sua face no chão e chorava).qto da minha juventude joguei fora. Sem nada pra resgatar e nem aproveitar. Se o senhor voltar agora e me encontrar nesse estado o q vai ser de mim? Vai virar a tua face? Se é pra continuar assim retire então de mim o teu espírito (chora...)Mas pode um morto te adorar? Deus. Tu tens todo o domínio, se me amas me da um pouco desse domínio, por isso eu lhe peço senhor, quero ser livre pra te adorar quero abrir minha boca e cantar, salva-me da morte, dois laços de morte q estão me apertando. E dos horrores da sepultura q toma conta de mim, E dos Altos Céus o senhor me ouviu. Ele me ouviu, sim. Ele me ouviu. O senhor me ama. Obrigado, não tenho mais medo. Não vou morrer pelo contrario, ´ eu vou viver, e contar pra todo mundo o que o senhor fez. Olhe pra mim eu estou viva! Viva! Viva! e salva...